MATÉRIA ESSENCIAL Eu não sei cozinhar. Nem um pouco. Coisas simples como um ovo mexido são desafios quase intransponíveis para mim. Sou tão ruim, mas tão ruim que, ao tentar fazer um macarrão, seria capaz de queimar a água fervente, se isso fosse possível. Talvez se eu me dedicasse muito, mas muito mesmo, meu talento culinário chegaria a ser comparável à de uma foca. E isso porque as focas não têm mãos. Por enquanto, fico triste em admitir que os mamíferos aquáticos estão ganhando. De longe. De gol da Alemanha. Mas apesar de eu ser uma completa negação na cozinha, sou um bartender amador relativamente decente. Sei fazer, de cor, a maioria dos coquetéis clássicos, e, modéstia a parte, alguns ficam quase no nível de um profissional. Um profissional bem ruim. Mas um profissional. Meu Martini é decente, o Penicillin é bom e o Mojito está no limite do ótimo. Mas meu coquetel de guerra é mesmo o Negroni. Porque, bom, principalmente porque é ridiculamente fácil fazer um negroni. Todo o pré-requisito é saber contar até três e ter uma garrafa de gim, uma de vermute e outra de Campari. Ajuda saber descascar uma laranja, mas não é uma ...
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